Era
adocicada, pura, límpida, quase pálida
Murmurava,
sorria, sentia
Dissertava
quanto a coisas bonitas
Sobre
o futuro, de uma forma afetiva
Agradável,
por que não?
O
temor inicial? Diluiu-se
Abracei-a,
recebi
Coloquei
sobre meu pranto paterno
Divaguei
quanto a histórias e sonhos
Expus
fragilidades e medos
Imaginei,
por um momento, sorrir
Não
um sorriso trágico ou infausto
Mas
sim, um sorriso do Éden
Porém,
do sorriso fez-se o escárnio
Lamúrias
e repulsa
Assista
você
Você!
Preterize-se e a assista agora
Não
és humana, sequer
Vomitas
pedância como quem compôs apego
O
que és? O que foi?
Sorria,
sim
Pois
transparece o sinistro
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